A extinção dos dinossauros - PaleoPost Brasil - Paleontologia brasileira

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Senhores dos céus

 © Autores desconhecidos

A tragédia veio do espaço. Naquele dia, os répteis gigantes foram dormir sem notar que seu mundo estava prestes a acabar. No céu, dias antes, um objeto grande e brilhante já fazia companhia a lua e iluminava a noite. Numa fração de segundo, devastação sem precendentes, em escala planetária. Um impacto com poder superior a detonação de 100 milhões de bombas atômicas das mais fortes já construídas. Era o início de uma das maiores extinções da história. O espisódio se deu 64,8 milhões de aos antes de os primeiros humanos modernos aparecerem no planeta. Ele só pode ser recontado graças ao trabalho de físicos, geólogos e paleontólogos. A primeira prova foi descoberta pelos cientistas americanos Luis e Walter Alvarez, em 1980. Eles verificaram que, onde quer que eles cavassem no mundo, a camada de terra que correspondia à época dos dinossauros tinha grandes quantidades de irídio, um elemento incomum no planeta, mas típico de corpos celestes, como asteróides. Depois, a descoberta da cratera reforçou a tese. Juntando todo tipo de evidência, os cientistas conseguem hoje recontar em detalhes a tragédia e explicar como ela pôs fim a animais tão gigantescos e bem adaptados, que dominavam o mundo a mais de 180 milhões de anos. Quem saiu ganhando foram os pequenos mamíferos, que depois viriam a dar origem a nós seres humanos. A era dos dinossauros acabou nessa colisão e o nosso mundo renasceu naquele dia. Para você ter ideia, a colisão, onde hoje é o Golfo do México, gerou um calor de 24.000 ºC, que é entre quatro e cinco vezes a superfície do sol, e abriu uma cratera de 40 quilômetros de profundidade, a força do impacto foi tão grande que algumas rochas voaram e entraram na órbita da Terra. Difícil de acreditar em tudo isso, mas tristemente essa foi a Extinção Dos Dinossauros.

A poeira levantada pelo impacto impediu a entrada da luz do Sol por alguns meses. O planeta ficou escuro e muito mais frio. Sem poder fazer fotossíntese, as plantas morreram, o que provocou um disturbio na cadeia alimentar gerando a morte dos herbívoros e por fim, os carnívoros. A combinação de tragédias jogou muito vapor de água e gás carbônico na atmosfera. O vapor voltou ao chão na forma de chuva, limpando do ar a poeira que escureceu o planeta. Já o gás carbônico ficou por lá, causando um efeito estufa e trazendo calor, e que sobreviveu aos dias frios, ia ter que se adaptar a um brutal processo de aquecimento global.


Depois de tudo isso o sol voltou a brilhar desimpedido, o aquecimento global foi amenizado quando as novas florestas absorveram o gás carbônico, a temperatura se estabilizou e a vida voltou a crescer no planeta. Mas é claro que desde aquele dia o mundo nunca mais foi o mesmo.

Fonte: Revista Super.
Texto de Arthur Felipe Artero.

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