Fóssil de Archaeopteryx
© Edwards Jason
Restos de organismos preservados naturalmente ou marcas deixadas por eles são chamados de fósseis. Esses objetos comumente tornam-se fósseis quando são encobertos por sedimento e, mais tarde, mineralizados. Fósseis são abundantes ao longo do eon Farenozóico, a idade da "vida evidente" desde 542 milhões de anos atrás até o presente, assim chamado devido a abundância de restos fósseis encontrados neste intervalo de tempo. São conhecidas milhares de espécies fósseis desse período, de organismos microscópicos às plantas, animais invertebrados e vertebrados. Os fósseis mais antigos são traços químicos característicos deixados nas rochas, bem como os próprios organismos fossilizados. Esse material estende-se no tempo até 3,8 bilhões de anos, quando nosso planeta era ainda jovem. Pelo fato de que muitos organismos mortos ou restos são decompostos por bactérias e mesmo por outros organismos, a fossilização é relativamente rara, mas mesmo assim, existem bilhões de fósseis.
Fóssil preservado de uma luta entre Velociraptor e Protoceratops
© Statue forum
Os restos de plantas e animais (tais como conchas, dentes, ossos ou folhas) são os fósseis mais bem conhecidos e são chamados restos fósseis ou fósseis corporais. Traços deixados pelos organismos tais como pegadas, ninhos, excrementos, ou marcas ligadas à sua alimentação, podem também ser preservados como fósseis, sendo chamados de fósseis-traço ou icnofósseis. Esses são sempre os tipos mais abundantes de fósseis, mas, exceto se estiverem preservados ao lado do organismo que o produziu, são muito difíceis de serem identificados de forma precisa. O processo mais comum de fossilização envolve soterramento de um organismo ou de sua marca deixada no sedimento.
Paleontólogos desenterrando fósseis
© Romero Cavalcanti
O material original do qual o organismo ou objeto é feito pode então ser gradualmente substituído por minerais. Alguns fósseis não são formados dessa maneira. De outra forma, o objeto original pode ter sido destruído por águas ácidas subterrâneas, e mais tarde minerais fizeram uma réplica natural desse objeto. Ambos os processos tomam tempo, mas experimentos têm mostrado que fósseis podem ser formados muito mais rapidamente. Nestes a morte, o que significa que eles começaram a fossilização dentro de poucas semanas, antes que a decomposição do tecido se estabelecesse. Esse tipo de fossilização, em condições muito especiais, pode preservar vasos sanguíneos, fibras musculares e até mesmo penas.
Processo de fossilização de um organismo
© Livro Pterossauros, os senhores do céu do Brasil/ Alexander Kellner
Fósseis compostos por minerais que substituíram as partes antigas são versões mais duras e pesadas que os seres originais. Eles têm cores diferentes das do objeto natural. Devido à pressão dentro das rochas, os fósseis podem ter sua forma alterada. Alguns fósseis encontram-se tão distorcidos que os especialistas têm dificuldade de imaginar suas formas originais. As partes moles dos organismos são comumente perdidas antes que a fossilização se inicie, porque são rapidamente decompostas por bactérias e por outros organismos escavadores ou comedores de carniça. Por essa razão, os animais de corpo mole (tais como medusas ou moluscos sem conchas) estão pobremente representados no registro fossilífero. Contudo, o soterramento rápido em sedimento mole, combinado com a presença de certas bactérias especiais, pode significar que as partes moles serão retidas e fossilizadas. Os restos completos de organismos de corpo mole podem ser preservados sob tais condições, assim como pele e até mesmo órgãos inteiros.
Muito boa essa postagem
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