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Senhores dos céus

 © Heinrich Harder

Os trilobitas ou os trilobites são artrópodes característicos do Paleozóico, conhecidos apenas do registo fóssil. O grupo, classificado na classe Trilobita da sub-classe Trilobitomorpha, é exclusivo de ambientes marinhos. Os trilobitas possuíam um exoesqueleto de natureza quitinosa que, na zona dorsal, era impregnado de carbonato de cálcio, o que lhes permitiu deixar abundantes fósseis. Seu nome foi dado devido a presença de três lobos que podem ser visualizados em sua região dorsal. Seu esqueleto era dividido, longitudinalmente, em três partes:
Detalhes do corpo da Trilobita
© Muriel Gottrop

ICefalão IITórax IIIPigídio 1Sutura facial 2Face móvel 3 Ponta genal
4 Glabela 5Anel occipital 6Face fixa 7Olho 8Ráquis 9Pleuras 10 Sulco dorsal
11Costilhas 12Espinho posterior

Cefalão, ou escudo cefálico, constituía a zona anterior da carapaça do animal, incluía os olhos e peças bucais, mas também boa parte do tubo digestivo do animal, e era inteiriço, não articulado;
Tórax, zona intermédia, articulada, constituída por um número variável (de dois a mais de 20) de segmentos idênticos, e
Pigídio, ou escudo caudal, a zona posterior da carapaça, que inclui, em algumas espécies, espinhos e ornamentação variada. O pigídio era, também, uma peça única.
Detalhe do Cefalão
© Wkipedia Commons

Ao longo do crescimento, as trilobites sofriam várias mudas, descartando sucessivos exosqueletos, tal como sucede com muitos artrópodes atuais. Desta forma, um único organismo pode ter dado origem a vários somatofósseis, ou seja, exoesqueletos que foram deixados para trás e se fossilizaram. Em média, os trilobites atingiam entre 3 a 10 cm de comprimento, mas em alguns casos poderiam chegar a cerca de 80 cm de comprimento. Os trilobites eram, em sua maioria, animais marinhos bentônicos, que viviam junto do fundo de mar, em profundidades variáveis entre os 300 metros e zonas pouco profundas, perto da costa, contudo, havia também formas planctônicas. Sua alimentação poderia ser detritívora, filtradora ou carnívora (predadora ou carniceira). Os trilobites existiram do Cambriano até ao Permiano. No Cambriano ocuparam o topo da cadeia alimentar.
Mar das Trilobitas, devido elas estarem no topo da cadeia alimentar
© Desconhecido

O seu sentido da visão era extremamente apurado e foram os primeiros animais a desenvolver olhos complexos. As pistas deixadas pelo deslocamento dos trilobitas sobre o fundo mole, são conhecidas como Cruziana, Rusophycus e Diplichnites, sendo que a primeira foi produzida quando o animal se deslocava mais lentamente, alimentando-se revolvendo o sedimento, a segunda foi gerada pelo repouso temporário deste sobre o fundo marinho e a última em deslocamento mais rápido, sem se arrastar no sedimento, sendo que alguns achados mostram-se juntamente com seus produtores e são muito importantes para a icnologia. Os trilobitas surgiram no início do Paleozóico, no Período Cambriano, e desapareceram no fim, no Período Permiano, na extinção permo-triásica. O grupo tem importância estratigráfica como fósseis de idade no Cambriano.
 © Surface Vision
Dados do animal:
Nome científico: Trylobite
Tamanho: de 10 à 80 cm
Onde viveu: Em todos os oceanos
Quando viveu: Período Cambriano
Dieta: Carnívora, necrófago.

Fontes:

Um comentário:

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