Uma escavação paleontológica inédita está sendo realizada por uma equipe de alunos e professores da Universidade Regional do Cariri (Urca), em Missão Velha. A busca é por animais e vegetais que viveram há cerca de 160 milhões de anos na região da bacia do Araripe, no chamado período jurássico superior, época compreendida entre 161,2 milhões e 145,5 milhões anos, aproximadamente. O trabalho está concentrado em solo denominado formação Brejo Santo, em uma área de Missão Velha próxima ao município vizinho, Milagres. As escavações foram motivadas a partir da descoberta de fragmentos de fósseis na construção da Ferrovia Transnordestina. Algumas das peças achadas foram levadas ao Laboratório de Paleontologia da Urca, onde pesquisadores ponderaram que na área poderia haver bons fósseis do período jurássico.
As escavações são apoiadas pelo Instituto Nacional de Paleontologia do Semiárido, Geopark Araripe e financiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). No material coletado já foram identificados prováveis ossos de peixes celacantus, que são considerados fósseis vivos, e tartarugas desarticuladas dentro de uma areia muito fina. De uma maneira geral, a era é pobre no registro fossilífero em todo o mundo. As melhores exposições estão em continente europeu e na América do Norte. Devido à abundância de água e a força da mesma, os restos de seres vivos não se fossilizavam. Segundo o professor e paleontólogo, Álamo Feitosa Saraiva, os fósseis encontrados, geralmente, são quebrados ou simplesmente não existem.
Álamo Feitosa Saraiva, diretor de paleontologia da Urca
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Feitosa chama a atenção para a importância do achado, lembrando que esses fósseis são de 50 a 60 milhões de anos mais antigos que os já encontrados em Santana do Cariri e Nova Olinda, que são do período cretáceo. A expectativa da equipe de pesquisadores é conhecer o período jurássico da Bacia do Araripe, bem como desenvolver técnicas para a realização de escavações controladas em rochas areníticas, que são muito frágeis. Em uma área de aproximadamente 50 hectares, os pesquisadores acreditam que apenas um hectare é propício para as escavações, devido à grande quantidade de sedimentos de outras formações geológicas e erosão que já alteraram as rochas em parte do conjunto do segmento jurássico. Após todos os procedimentos, o material irá para o Museu de Paleontologia da Urca, em Santana do Cariri.
Fontes:
Prezados, boa tarde!
ResponderExcluirConheçam uma novidade em microscopia
http://dinolitebrasil.blogspot.com.br/2012/03/escavacoes-no-passado-para-entender-o.html
Muito obrigada, boa tarde!